Presidente da ADI em maus lençóis na África do Sul

Presidente da ADI em maus lençóis na África do Sul

Presidente da ADI em maus lençóis na África do Sul por pouco seria preso

Presidente da ADI em maus lençóis na África do Sul por pouco seria preso

Fontes diplomáticas seguras confirmaram para o Téla Nón, que Patrice Trovoada, está proibido de entrar na África do Sul. Tudo por causa de desacatos cometidos pelo Presidente do Partido ADI no aeroporto de Joanesburgo, quando um seu assessor foi interpelado pela polícia.

Dados recolhidos pelo Téla Nón, junto a diversas fontes diplomáticas, indicam que o ex-Primeiro Ministro, Patrice Trovoada, passou por momentos difíceis no aeroporto de Joanesburgo na África do Sul, no passado dia 27 de Junho.

Não fosse o passaporte diplomático são-tomense, que o Presidente da ADI ainda utiliza nas suas viagens, teria sido simplesmente detido pelas autoridades aeroportuárias da África do Sul, garantiu as diversas fontes concordantes.

Patrice Trovoada, que se fazia acompanhar por um cidadão indiano, seu assessor de longa data nas suas movimentações internacionais, reagiu de forma hostil, quando as autoridades aeroportuárias da África do Sul, decidiram revistar o seu assessor.

O Téla Nón apurou que por causa de fortes suspeitas de anomalias, as autoridades sul africanas puseram o assessor de Patrice Trovoada, nu em piloto, no processo de revista. Patrice Trovoada deveria ter o mesmo destino do seu assessor, na apertada revista da polícia aeroportuária sul africana. O passaporte diplomático são-tomense que o Presidente da ADI ainda utiliza, nas suas viagens evitou a revista apertada e a detenção, como aconteceu com o seu assessor.

Uma situação que segundo as fontes do Téla Nón, deixou o ex-Primeiro ministro são-tomense fora de si. Patrice Trovoada discutiu com as autoridades aeroportuárias sul – africanas, e por isso recebeu «uma notificação oficial de proibição de entrada no território da África do Sul», precisou as fontes. O seu assessor, foi detido por 24 horas no aeroporto de Joanesburgo.

Prática de branqueamento de capitais, ou seja, lavagem de dinheiro, é segundo uma das fontes diplomáticas contactadas pelo Téla Nón a principal suspeita aventada pelas autoridades aeroportuárias sul africanas, para o apertado procedimento de controlo e fiscalização, que recaiu sobre Patrice Trovoada e o seu assessor de nacionalidade indiana.

Com o seu assessor detido pelos serviços de fronteira da África do Sul por 24 horas, graças ao passaporte diplomático são-tomense Patrice Trovoada, escapou, tendo sido apenas proibido de entrar na África do Sul. O ex-Primeiro ministro teve que regressar para Maputo-Moçambique, onde apanhou outro voo que ao que tudo indica, o conduziu a Portugal país onde alegadamente Patrice Trovoada reside desde Dezembro do ano passado, quando se ausentou de São Tomé e Príncipe, após a queda do seu governo.

O ex-Primeiro Ministro, é alvo de um processo crime que está a ser investigado pelo ministério público são-tomense, por alegada lavagem de dinheiro em mais de 600 mil euros.

O assessor de nacionalidade indiana, nunca foi oficialmente apresentado em São Tomé e Príncipe, como tal. Mas esteve presente no Palácio do Povo, no dia 14 de Fevereiro do ano 2008, na cerimónia de investidura de Patrice Trovoada, como Primeiro Ministro do Governo de coligação MDFM/PCD/ADI, que apenas durou 3 meses.

O mesmo cidadão indiano, enquanto assessor desconhecido pelos serviços do ministério dos negócios estrangeiros, acompanhou Patrice Trovoada no périplo europeu que o então Chefe do Governo, realizou tendo sido visto na delegação governamental são-tomense durante a visita a França, em 2008.

A fracassada e escandalosa viagem de Patrice Trovoada a África do Sul, no dia 27 de Junho último, aconteceu numa altura em que informções recolhidas pelo Téla Nón, indicam que os serviços diplomáticos de São Tomé e Príncipe e da África do Sul, estão a prepararar a visita oficial do Presidente Pinto da Costa a África do Sul.

Há indícios de que o antigo Chefe do Governo Patrice Trovoada, tem procurado influenciar os parceiros de São Tomé e Príncipe, no sentido de não reconhecer a legitimidade do novo executivo, que nasceu após a queda do seu governo através de uma moção de censura.

As acções do fraco movimento dos indignados, com manifestações de rua de muito pouca aderência popular, que conta com o apoio assumido do seu partido ADI, são segundo analistas, elementos que alimentam a campanha diplomática internacional, que visa mostrar que São Tomé e Príncipe, se tornou num país instável, quase parecido com o Iraque, e que não deve inspirar confiança.

Mas, parece que as portas do mundo estão a fechar para a diplomacia do ex-Primeiro Ministro e da ADI. Para além da África do Sul onde foi proibido de entrar no dia 27 de Junho, há informações que apontam para dificuldades de Patrice Trovoada, conseguir visto de entrada nos Estados Unidos de América, apesar de ostentar o passaporte diplomático são-tomense.